Qualquer substância química é capaz de provocar alterações no corpo humano. Existem drogas lícitas(que podem ser comercializadas) e drogas ilícitas (que têm a sua venda proibida).
Os principais tipos de drogas são:
- naturais: como a maconha que é feita da planta cannabis sativa,
- sintéticas: que são produzidas em laboratórios, como o ecstasy e o LSD;
- semi-sintéticas: como heroína, cocaína e crack, por exemplo.
Além disso, as drogas ainda podem ser classificadas como sendo:
- Depressoras – diminuem o nível de atividade no cérebro, deixando o organismo mais lento. Exemplos: álcool, sedativos, a morfina e os anestésicos gerais.
- Estimulantes – sensação intensa de euforia, estado de excitação, muita atividade e energia, diminuição do sono e do apetite, pressão, frequência cardíaca alta, descontrole e perda da noção da realidade. Exemplo: cocaína; crack; cafeína; teobromina, comum em chocolates; GHB; anfetaminas; metanfetamina.
- Perturbadoras – também chamadas de alucinógenas, modificam a qualidade da atividade do cérebro, alteram a percepção e produzem alucinações e delírios. Exemplo: maconha, ecstasy e LSD 25.
Os efeitos das drogas podem ser percebidos em poucos minutos, mas tendem a durar poucos minutos, sendo necessária uma nova dose para prolongar seu efeito no corpo. Assim é muito comum a pessoa ficar viciada rapidamente.
As consequências à longo prazo de qualquer tipo de droga incluem:
- Destruição de neurônios, que diminuem a capacidade de pensar e realizar atividades
- Desenvolvimento de doenças psiquiátricas, como psicose, depressão ou esquizofrenia
- Lesões no fígado, como câncer hepático
- Mau funcionamento dos rins e dos nervos
- Desenvolvimento de doenças contagiosas, como AIDS ou Hepatite
- Problemas do coração, como infarto
- Morte precoce
- Isolamento da família e da sociedade
Quem necessita de tratamento no SUS devido ao abuso de álcool e outras drogas deve procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS), os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III (CAPS AD). O atendimento conta com equipes multiprofissionais compostas por médico psiquiatra, clínico geral, psicólogos, dentre outros.
A participação de familiares e amigos no processo de tratamento é essencial. O paciente e a família podem procurar grupos virtuais ou presenciais de mútuo-ajuda em diversas cidades. No caso do adicto os grupos presentes no Brasil são o A.A. (Alcoólicos Anônimos) e o N.A. (Narcóticos Anônimos). Para os familiares há os grupos AL-ANOM e NAR-ANOM.
Algumas posturas podem ajudar o usuário a manter-se abstinente, entre elas:
• Planejar como se afastar de pessoas que consomem drogas.
• Como dizer “não” quando elas lhe são oferecidas.
• Como procurar ajuda de amigos ou da família quando a vontade está muito alta.
• Buscar novos interesses no campo do lazer.
• Praticar atividades físicas.
• Fazer novas amizades.
• Mudar de cidade, escola ou local de trabalho.
A melhor arma contra essa doença é a informação, conhecer os comportamentos do dependente, de quem o acompanha (companheiros, familiares e amigos) é de extrema importância. Só assim será possível compreender as situações, saber onde buscar o apoio necessário no combate e cuidado com essa doença.