O Brasil está entre os dez primeiros países com maior número de mortes causadas por acidentes em ruas, estradas e rodovias. Foram registradas 27.839 indenizações pagas por acidentes de trânsito com vítimas fatais entre janeiro e outubro de 2020. O principal fator causador de acidentes é a imprudência.
1 – QUE TIPOS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO SÃO MAIS FREQUENTES?
Conheça os tipos de acidentes de trânsito mais frequentes segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT):
- abalroamento no mesmo sentido ou transversal;
- saída da pista;
- choque com objeto fixo;
- capotagem;
- colisão frontal.
Em termos de gravidade, esses acidentes apresentam níveis de periculosidade distintos, dependendo do potencial para causar danos fatais. Segundo dados do DNIT, os casos que mais tiram vidas são:
- colisão frontal;
- atropelamento;
- saída da pista.
2 – COMO EVITAR ACIDENTES NO TRÂNSITO?
Atitudes simples são capazes de diminuir bastante os riscos de acidentes. Se todos os motoristas e pedestres tomarem consciência de que a segurança no trânsito é uma responsabilidade compartilhada, as ruas e estradas vão se tornar locais mais seguros.
Veja algumas ações que podem fazer diferença:
- Avalie suas condições físicas
Avalie a si mesmo antes de pegar no volante, pois o cansaço pode afetar seu desempenho no transito, a fadiga e o sono são alguns dos principais motivos de motoristas adormecerem e saírem da pista, causando acidentes.
- Não use celular enquanto dirige ou pilota
De acordo com a legislação de trânsito vigente, os motoristas só podem usar seus aparelhos com os carros estacionados, estando o motor desligado. Se o celular servir também de GPS, ele deve estar fixado por um suporte adequado no para-brisa ou no painel. O uso do celular pode aumentar as chances de acidentes em até 400%, poucos segundos para ler ou enviar mensagem pode custar uma vida.
- Evite mudar de faixa de forma repentina
Sempre sinalize ao mudar de faixa e só faça isso quando tiver certeza de que sua atitude não representará riscos. Mas não confie apenas no retrovisor, pois o carro tem pontos cegos. Vire a cabeça para observar os veículos ao seu redor. Esse reflexo vai reduzir a possibilidade de colisões laterais.
- Não exceda a velocidade
Dirija em uma margem segura para as condições da via, considerando fatores como iluminação, desgaste do asfalto, chuva, quantidade de veículos e assim por diante. O excesso de velocidade não só faz com que você perca dinheiro com multas, mas também reduz o tempo de reação na pista. Por isso, siga sempre as indicações de velocidade das placas nas ruas e rodovias.
- Mantenha uma distância segura do veículo à sua frente
O ideal é calcular uma distância suficiente para reagir em casos de freadas bruscas. Embora essa extensão possa variar conforme as condições da via, do clima e do fluxo de trânsito, o Detran dá a seguinte recomendação para veículos pequenos correndo a uma velocidade de 80 a 90 km/h:
- escolha um ponto fixo de referência na estrada, como uma placa ou um poste;
- quando o carro da frente passar por esse ponto, conte 2 segundos;
- se seu veículo passar pelo ponto de referência antes dos 2 segundos de segurança, é preciso se afastar. Essa distância costuma ser a ideal para viabilizar as devidas reações em situações de emergência.
- Faça a manutenção regular do veículo
A manutenção inclui verificar a condição dos pneus, o nível do óleo, os freios, os faróis e outras peças mecânicas, como suspensões e amortecedores. É indicado que a revisão seja feita de seis em seis meses, ou a cada 10 mil quilômetros rodados. Nunca descuide da manutenção do seu carro, siga nossas dicas de como evitar acidentes de trânsito e dirija tranquilo e em segurança. Não se coloque em risco por pressa ou desconhecimento. Lembre-se também que, ao conduzir um veículo, você é responsável pela vida dos passageiros e pedestres.
- Use equipamentos de segurança
Embora obrigatórios, cinto e capacete não evitam acidentes — mas reduzem riscos de ferimentos graves. Lembre-se de que, ao tomar medidas preventivas, você contribui para um trânsito mais seguro e pode até salvar vidas.
- Não dirija sob o efeito de álcool ou drogas
Além de respeitar a tolerância zero estipulada pela lei, é preciso ter bom senso: não dirigir sob efeito de álcool, drogas ou medicamentos que possam alterar a percepção, esta atitude previne muitos acidentes. Por isso, neste caso, deixe as chaves em casa e use o transporte público ou chame um serviço de táxi.
- Respeite a sinalização de trânsito
Muitas vezes, os acidentes acontecem simplesmente pelo desrespeito a uma placa de “Pare” ou por uma ultrapassagem feita em local proibido.
3 – COMO AGIR EM CASO DE ACIDENTE?
Por mais que você tome precauções, às vezes os acidentes são inevitáveis. Além de tentar manter a calma, algumas dicas podem ajudar a contornar essa situação, como:
- Retirada dos veículos
A primeira ação é simplesmente afastar os veículos da via, para não obstruí-la ou ainda causar outros acidentes. Mas isso só deve ser feito imediatamente nos casos de colisões leves, sem fatalidades.
- Resgate de pessoas acidentadas
Se existirem vítimas, o procedimento precisa ser mais cuidadoso. Ligue para o serviço de resgate, passando as informações necessárias para o chamado. Logo, sinalize o local com o pisca-alerta e o triângulo de maneira adequada.
Enquanto aguarda o atendimento, não movimente as vítimas. Por mais que as lesões sejam aparentemente leves, isso pode piorar eventuais ferimentos internos ou fraturas. O que você pode fazer é conversar com as pessoas para checar o estado de consciência delas.
- Boletim de ocorrência
O boletim de ocorrência só é obrigatório se o acidente envolver vítimas ou causar danos ao patrimônio público. Nos demais casos, ele só é feito se as partes preferirem. Nessas situações, o documento pode até ser elaborado pela internet.
Vale ressaltar que a confecção de um boletim de ocorrência não indica a existência de crime ou aponta para um culpado. Na verdade, ele serve apenas para documentar o acontecido.
- Acionamento do seguro
Mesmo que nenhuma das partes envolvidas assuma de imediato a responsabilidade pelo acidente, ambos devem entrar em contato com a seguradora para comunicar o sinistro. Na sequência, a empresa solicitará documentos e provas para fazer o pagamento da indenização, de acordo com o estabelecido na apólice.
Ao contar com um seguro auto, você garante que, caso algo aconteça a você ou a outras pessoas, não haverá prejuízos materiais ou financeiros. Além disso, os seguros oferecem outros benefícios, como assistência 24 horas, socorro mecânico, chaveiro, eletricista e serviço de guincho.
4 – SEGURO DPVAT
Os envolvidos em um acidente podem solicitar o popularmente conhecido seguro obrigatório DPVAT(Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres). O tributo deve ser pago anualmente junto às outras contas do início do ano, como o licenciamento e o IPVA do carro.
O DPVAT é voltado para indenizar três tipos de cobertura em casos de acidentes: despesas médicas, morte e invalidez permanente do motorista, passageiros e demais envolvidos. Esse seguro não analisa os culpados, portanto, tem garantia de indenização, independentemente de quem tenha causado o acidente.
De qualquer modo, o DPVAT é um seguro básico, com teto máximo para indenização e ausência de cobertura para danos materiais, roubo e furto.