O intuito da campanha é informar e educar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino.

O câncer colorretal abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e ânus. É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente.

Dados estatísticos do Instituto Nacional do Câncer – Inca sobre o câncer de cólon e reto:

  • Estimativa de 40.990 novos casos no Brasil em 2020;
  • Desses, 20.520 em homens e 20.470 em mulheres;
  • Em 2017, o câncer colorretal levou 18.867 pessoas a morte;
  • Do total de mortos pela doença, 9.207 são homens e 9.660 mulheres

Importância do diagnóstico precoce

A detecção precoce do câncer é fundamental para aumentar a probabilidade de cura e/ou de tratamentos mais eficazes. No caso do câncer de cólon e reto, o diagnóstico pode ser feito por meio de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos. A solicitação dos exames é feita pelo médico, após averiguar os sintomas do paciente. Entretanto, os exames também podem ser solicitados mesmo que a pessoa não tenha os sintomas, mas caso ela faça parte do grupo de risco.

Normalmente, os tumores de cólon e reto podem ser detectados precocemente por meio da pesquisa de sangue oculto nas fezes e de endoscopias (colonoscopia ou retossigmoidoscopias).

Principais sintomas de câncer colorretal:

  • sangue nas fezes e/ou fezes finas;
  • tumoração e/ou dor abdominal;
  • perda de peso repentina;
  • mudança repentina nos hábitos intestinais;
  • constipação;
  • diarreia;
  • anemia.

Grupo de risco:

  • possuir histórico familiar de câncer;
  • estar com excesso de peso
  • ter idade igual ou superior a 50 anos;
  • consumir alimentos processados;
  • fumar;
  • ingerir bebidas alcoólicas;
  • enfrentar doenças inflamatórias do intestino.

Prevenção do câncer de intestino

Além de realizar exames de rotina, principalmente após os 50 anos, é importante ficar atento aos sintomas para que o câncer possa ser diagnosticado precocemente e, dessa forma, ter melhores chances de cura.

Entretanto, deve-se adotar medidas de prevenção. O que inclui controlar o peso corporal, praticar atividades físicas rotineiramente e adotar uma alimentação saudável, rica em frutas, legumes, verduras, cereais integrais, grãos, etc.

Os pólipos são adenomas e, portanto, lesões benignas, que crescem na parede do cólon e, quando associados a modos de vida não saudáveis e predisposição genética podem, com o passar do tempo, transformar-se em câncer. 


Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação não saudável (ou seja, pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras).  
O consumo de carnes processadas (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame) e a ingestão excessiva de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana) também aumentam o risco para este tipo de câncer. 


Em suma, os fatores de risco para o câncer colorretal são: 

  • Consumir bebidas alcoólicas;
  • Fumar;
  • Ter sobrepeso ou obesidade;
  • Consumir alimentos com alta densidade energética (são aqueles que a cada 100g oferecem 225-275Kcal) e carnes vermelhas; 
  • Consumir carnes (quaisquer tipos, inclusive aves e peixes) preparadas na chapa ou na forma de fritura, grelhado ou churrasco;
  • Consumir pouca quantidade de frutas, legumes, verduras e cereais integrais;
  • Ser sedentário. 


Outros fatores relacionados à maior chance de desenvolvimento da doença são históricos familiares de câncer de intestino, história pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama. Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC)². Pacientes com essas doenças devem ter acompanhamento individualizado. 
A exposição ocupacional à radiação ionizante, como aos raios X e gama, pode aumentar o risco para câncer de cólon. Assim, profissionais do ramo da radiologia (industrial e médica) devem estar mais atentos.


Sinais e Sintomas 

Os sintomas mais frequentemente associados ao câncer do intestino são: 

  • Sangue nas fezes; 
  • Alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados); 
  • Dor ou desconforto abdominal; 
  • Fraqueza e anemia; 
  • Perda de peso sem causa aparente;
  • Alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas);
  • Massa (tumoração) abdominal. 


Esses sinais e sintomas também estão presentes em problemas como hemorroidas, verminose, úlcera gástrica e outros, e devem ser investigados para seu diagnóstico correto e tratamento específico. Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias. 


Diagnóstico

O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio).